Como aprender inglês rápido (parte 1)

Como aprender inglês rápido (parte 1)

Você já estuda inglês há algum tempo sem muita evolução? Sente que ainda não conseguiu sair de um nível básico na língua? Saiba que você não está sozinho nessa! Na verdade, muitas pessoas que tentam aprender um novo idioma no Brasil ainda fracassam. Os motivos para o fracasso são diversos. Ao invés de falar sobre os motivos do fracasso decidi nesse artigo selecionar alguns pontos cruciais e técnicas que eu pessoalmente utilizo para aprender inglês, francês, ou qualquer outro idioma mais rápido.

 

1. Encontre a motivação

Primeiramente, “conhece-te a ti mesmo” já dizia Sócrates. Pois você precisará estar motivado e pessoalmente satisfeito com o processo para permanecer engajado em aprender. Muitas pessoas almejam aprender inglês porque escutam falar que é importante. Desculpe-me a sinceridade, mas estudar porque “alguém te aconselhou” não me parece ser uma motivação forte o bastante para te manter no caminho. Procure entender a importância e o que você poderia fazer se soubesse falar inglês. Se imagine falando e as conquistas que vem junto. Tudo que criamos nesse mundo físico, um dia existiu no mundo das ideias. Logo, não negligencie o poder de um desejo forte atrelado a uma boa imaginação.

2. Encontre o seu estilo

Em seguida você precisa determinar como irá aprender inglês. Acredite, iniciar no curso tradicional na sua cidade não é nem de longe a sua única opção podendo, às vezes, ser a pior. Para encontrar o seu estilo de aprendizagem você necessitará de algumas tentativas e erros. Inicie fazendo as seguintes perguntas:

  1. Como eu aprendia as coisas na escola? (com as aulas, com o livro, com outros colegas, tentando e errando)
  2. Eu sou autodidata? Tenho facilidade de aprender sozinho?
  3. Eu sou uma pessoa extrovertida ou introvertida?

Existem várias classificações propostas por especialistas para categorizar os diferentes estilos de aprendizagem individual. Mas de forma genérica existem 3 estilos: visual, auditivo e cinestésico. Se você foi sempre aquele aluno(a) que gostava de assistir as aulas com os slides do professor, provavelmente você se encaixa no aprendiz visual e auditivo. E ainda, se você gravava as aulas em áudio para escutar mais tarde e gosta de escutar ebooks, você provavelmente tem um aprendizado auditivo predominante. Para esses alunos, o ensino tradicional funciona bem, uma vez que grande parte da dinâmica envolve aulas expositivas com conteúdo e exercícios. Agora, se você foi sempre aquele aluno que teve dificuldade de guardar o conteúdo das aulas e sempre precisava experimentar as coisas na prática com tentativa e erro: você é cinestésico. Logo, você se beneficiará de um aprendizado mais flexível e fora dos cursos tradicionais, com experiências reais que te proporcione a oportunidade de tentar e errar. Um exemplo são as aulas de conversação particulares da spiko ou chats com nativos. Se você ainda é um aluno que se considera audiovisual e introvertido, as aulas em salas com muitos alunos podem prejudicar o seu desempenho, sendo preferível ter um professor particular online ou presencial.

Os 3 estilos de aprendizagem mais comuns
Imagem mostrando as característica dos 3 stilos de aprendizagem

Curiosamente, um estudo desenvolvido em 1980 (Reid, 1987) sugeriu que a maioria dos estudantes de inglês como segunda língua tiveram preferência pelo estilo cinestésico. Tal resultado corrobora com um fato observável em sala de aula no Brasil: uma parte considerável dos alunos tem dificuldade de aprender nos cursos tradicionais e muitos desistem no meio do caminho sem grandes resultados. Logo torna-se crucial esta autoavaliação inicial antes de matricular-se em qualquer curso com a promessa que for, pois se não estiver alinhado com seu estilo de aprendizagem pessoal, o fracasso é garantido!

 

3. Dedique mais tempo conversando e escutando

Considerando que falar inglês é essencialmente uma habilidade a ser desenvolvida e não uma atividade estritamente intelectual, grande parte do tempo deve ser dedicado à escuta e prática oral. Mesmo que você é um iniciante, inicie em chats com nativos e outros estudantes para começar a entender como os falantes interagem. Os chats proporcionam um ambiente seguro, livre de julgamento, para inclusive praticar conversação por meio dos áudios enviados. Aqui, você tem a oportunidade de planejar o que será dito e entender a mensagem com calma (para os ansiosos). Com o tempo perceberá que as conversas se repetem e fica fácil memorizar muito vocabulário e frases na língua. E melhor de tudo: é divertido! Se quer conhecer aplicativos para chats com nativos visite nosso artigo: Praticando conversação com nativos – aplicativos exercelentes 

Os podcasts são materiais ótimos para escutar em horas vagas em qualquer lugar e estão disponíveis de graça por toda internet. Quanto mais material do mundo real você escutar, mais afinado ficará o seu ouvido. Não se fruste se não conseguir entender grande parte no início, você vai chegar lá! Os podcast e séries mostram uma realidade da língua coloquial quase nunca abordada nos cursos de inglês, logo, devem estar no seu checklist da semana desde o início.

4. Não memorize estruturas gramaticais

Uma observação interessante é que os falantes nativos, em sua grande maioria, não têm plena consciência da construção gramatical de suas frases. O cérebro parece ter uma capacidade extraordinária de entender padrões e reproduzi-los de forma inconsciente ao ponto de conseguirmos identificar quando algo foge ao padrão. Por exemplo, você já teve aquela percepção ao falar uma frase em português de que “parece que está errado”? Logo, gosto de me dedicar em aprender frases inteiras com sentido completo. Por exemplo, “I have worked in many places – trabalhei em vários lugares”. Eu não me preocupo em entender ao fundo a construção da frase, uma vez que já entendi o sentido como um todo. Mais tarde, em uma conversa, vou utilizar o início “I have worked..” , para falar que “trabalhei na Inglaterra também” “I have worked in england, too”. E assim, através de muita repetição (seja em conversas ou na minha cabeça), vou guardando frases que facilmente posso reaplicar na construção de outra.

Grande parte dos materiais desenvolvidos tem um enfoque exagerado na construção gramatical da língua e os autores, inclusive, montam as lições baseadas nos tempos verbais a serem ensinados (to be, presente simples, passado simples etc.). Algo que para mim não faz sentido, pois na comunicação do dia a dia não há essa divisão; ao passo que falo o que fiz ontem, eu já explico as consequências no presente e o que espero para o futuro.

5. Aprenda vocabulário a demanda

Outra dica que acho pertinente para você que quer aprender inglês mais rápido é não se preocupar em decorar vocabulários aleatórios. Se você está fazendo seu dever de casa e está seguindo a dica número 3, perceberá que surgirá uma demanda por vocabulário. Por exemplo, com qual frequência você utiliza os nomes dos animais do zoológico em suas conversas de trabalho ou com os amigos da internet? Faz sentido pregar uma lista com os nomes dos animais no espelho do banheiro para decorar? Acredito que não! E com o acesso fácil à internet nas nossas mãos, acho mais fácil procurar certo vocabulário à medida que surgir uma dúvida em uma conversa ou em um texto. Aprender a demanda te fará memorizar somente aquelas mais importantes para a comunicação do seu dia a dia. Pois, já é bem conhecido que das 171 000 palavras do inglês, utilizamos apenas 1,7% na comunicação diária.

 

Concluindo a primeira parte desse artigo ressalto a importância de entender as reais motivações interiores que te levam a agir e não perder de vista. Se o inglês faz parte de um plano maior, imagine-se com a recompensa na mão todos os dias à noite e repita para si mesmo o que é necessário ser feito para atingi-lo. E se você aplicar os principios exposto nesse artigo, ja estará no caminho para aprender inglês, ou qualquer idioma, mais rápido que a maioria. Até a próxima parte!

 

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